“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade.” ( Jo .1,1-5;,14)O Verbo, como detalha claramente o apóstolo e evangelista João, é Jesus Cristo. Em verdade, Jesus esteve presente com o Pai desde o inicio de todas as coisas, mas era apenas o Verbo, ou seja, a boca do Pai. Alguns pensam que na criação do mundo, o Pai estava sozinho, não existia Jesus ainda. Muito pelo contrário, o Deus que nós conhecemos e adoramos é, desde o inicio de tudo, um Deus trino e uno; três pessoas e uma só pessoa:
“No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas... Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. “Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra.” (Gn.1,1-2;,26)
Note que no primeiro livro da bíblia, o livro de Gênesis, na criação do mundo, o autor relata a presença não só de Deus Pai, mas também do Espírito Santo e seu Filho Jesus. Se a presença de Jesus não ficou clara ainda, leia novamente o primeiro trecho desta página. Quando o Pai disse “Façamos”...”à nossa”, podemos concluir que Ele não estava sozinho na criação. A prova desta verdade é confirmada pelo apóstolo Paulo (Col.1,15-20) e pelo próprio Jesus:
“Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, eu sou.” (Jo.8,58)
Mas quem foi realmente Jesus Cristo? O que Ele fez? Qual foi sua missão? Dizer apenas: Jesus é Deus-Filho de Deus-Jesus fez muitos milagres-Jesus morreu por nós na cruz...-dizer tudo isso, apesar de ser tudo verdade absoluta, não basta. Devemos entender que quando o assunto é Jesus Cristo, a conversa toma um rumo infinito. Infinito, mas não obscuro. Ele era um profeta, curava os enfermos, devolvia a visão aos cegos, a voz aos mudos e o escutar aos surdos. Fazia bem todas as coisas (Mc.7,37). Não tinha pecado, afinal, era o próprio Deus na terra. Apesar disso, Paulo vem nos dizer que Jesus, em grau infinito de humildade e obediência a seu Pai, se tornou verdadeiro homem (Fil.2,5-11).
Enfim, que o leitor(a) entenda: curas, milagres, pregações, tudo isto não era a real missão de Jesus; foram apenas sinais, mera sombra da grandeza de Deus. Sua maior obra foi sim sua paixão, seu sofrimento, angústia, feridas, morte na cruz. Foi para isso que Ele veio (Col.1,20). A missão principal de Jesus foi nos reconciliar de novo com Deus, por meio da cruz.
Falar de Jesus Cristo deveria ser a coisa mais fácil para quem diz que O ama. É a mesma coisa que falar de uma pessoa que você convive e ama. Você sabe quase tudo dela. A convivência e o diálogo diário entre você e esta pessoa é tão grande e duradoura que, provavelmente não haverá quase nada que você não saiba sobre ela. É verdade ou não é?
Com Jesus deveria ser assim também. Todo cristão declarado e não-declarado deveria compreender que a maior prova de amor a Cristo é o diálogo diário com Ele. E por conseqüência a convivência ao lado dEle. Claro, para saber mais sobre Jesus é preciso ir mais a fundo, pesquisar, estudar sua história, seus feitos, seus milagres. Será que se alguém perguntar a você qual foi a principal missão de Jesus Cristo na terra, você seria capaz de dar uma resposta concreta? Digo-lhe com firmeza, só conseguirá convencer se já existir esta conexão duradoura entre você e Ele.
